Recuperação econômica depende do ritmo da agenda interna e aversão global ao risco
Um conjunto de fatores será fundamental para a confirmação de tendência de recuperação da economia brasileira no segundo semestre. O Produto Interno Bruto do segundo trimestre será divulgado nessa quinta-feira, 29. Além do próprio mérito da equipe econômica, o país espera desdobramentos que envolvem decisões do FED (o equivalente ao Banco Central dos Estados), das tensões envolvendo Estados Unidos, China, BREXIT e Argentina.
Depois longo e profundo ciclo recessivo (2014 a 2017), há uma melhora nas políticas públicas e medidas para refundar as bases estruturais da economia, principalmente, em relação à redução do enorme déficit das contas e dívida pública. Passos nessa direção têm sido dados: a regra do teto de gasto, a nova lei trabalhista, a redução dos subsídios, melhor governança das estatais e reformas, como a da Previdenciária em fase final de aprovação. Somado a isso, podemos considerar a lei de melhoria do ambiente de negócios, reforma tributária em discussão no Congresso Nacional, a realização de algumas concessões e agora uma primeira lista de empresas a serem privatizadas.
O Ministério da Economia vem indicando quer vai implementar ampla agenda estrutural, tanto macro como microeconômica, como base para melhor funcionamento da economia. Essa agenda pode ser implantada diretamente por projeto de lei ou reforma constitucional. Outra parte depende de aperfeiçoamentos legais e de mudança de marcos jurídicos, além de aprovação legislativa. Depois, há um longo período de passagens e obstáculos para posterior implementação. É um processo que pode consumir até dois anos, como ocorre no caso de privatização de empresas estatais. A recuperação e ampliação da taxa de Investimento é considerada fundamental para reforçar as expectativas de recuperação cíclica da economia e também para formar as bases para um crescimento econômico sustentado. Contudo, em anos recentes estamos em enorme contração da taxa de investimento na economia.
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